Publicação: sábado, 17 de janeiro de 2009 – jornal Diário Popular – Edição Especial Acidente Grêmio Esportivo Brasil
A pouco mais de uma hora do destino, a equipe do Brasil de Pelotas que voltava de um amistoso em que venceu o Santa Cruz, na cidade de Vale do Sol, no centro do Estado, sofreu um acidente que tirou a vida de três integrantes e feriu praticamente todos os aproximadamente 30 ocupantes do ônibus. O caminho tomado era novo e há pouco tempo liberado para o tráfego de ônibus.
Conforme dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Civil, há 40 quilômetros de Canguçu o condutor Wendel Vergara, 29 anos, perdeu o controle no início da curva da alça de acesso da RS-471 à BR-392 e o ônibus da empresa Bosembecker tombou ainda na pista, na parte superior de uma espécie de viaduto com aproximadamente 35 metros de altura – o equivalente a um prédio de 12 andares. Em seguida, o veículo caiu no barranco e capotou mais três vezes. Alguns dos passageiros, entre jogadores e comissão técnica, foram arremessados para fora do coletivo.
A investigação das causas, a cargo da Polícia Civil de Canguçu, parte de hipóteses comuns a outros acidentes: imperícia do motorista, defeito mecânico ou condições desfavoráveis na pista. A confirmação ou não dessas teorias deve ser divulgada apenas com o laudo pericial, a ser remetido à Justiça em até 30 dias. Enquanto isso, especulações giram em torno das circunstâncias encontradas pelo resgate.
Apesar de a PRF o considerar em bom estado de conservação e bem sinalizado, o trecho é tido como perigoso mesmo por quem costuma transitar entre a RS-471 e a BR-392, como o delegado responsável pela investigação, Félix Rafain. “Para quem não conhece, o trajeto pode ser bem difícil.” Segundo relato do próprio motorista à polícia, o veículo chegou à curva além do limite de 40 km/h para o trecho, depois de ter reduzido de 80 a 50 km/h. Sem conseguir vencer a curva acentuada, o ônibus capotou. A proprietária da empresa, Adriana Bosembecker, após conversar com o condutor, afirmou que a sinalização indicando a redução necessária seria precária. Mais: uma leve cerração poderia ter atrapalhado.
A velocidade exata em que viajavam será determinada pela perícia, apesar do sumiço do tacógrafo - aprelho que registra todos os dados do deslocamento do veículo, inclusive as velocidades alcançadas - que não foi encontrado junto ao acidente. Para a Polícia Rodoviária Federal, o aparelho não teria sido arrancado com a batida, portanto, teria de ser retirado por alguém com conhecimentos técnicos. Além da polícia, a empresa responsável pelo ônibus afirma querer que o aparelho e o disco de papel que grava os dados sejam encontrados.
Sem cinto
Para o chefe da 7ª delegacia da polícia rodoviária federal, inspetor Zanini, o uso de cinto não seria determinante para minimizar os danos do acidente. Ele explica que em uma colisão fontral o cinto faria diferença, mas no caso de capotagens ele não é o principal fator. “Se estivessem de cinto, as lesões poderiam ser na cabeça”, analisa.
Carro especial para o time
O ônibus em que a delegação viajava era especialmente pintado na cor vermelha do Brasil – o time do Pelotas costuma viajar em um azul – e era conduzido por Vergara a pelo menos um ano. Segundo a Bosembecker, o veículo de 2007 havia passado por revisão há duas semanas, e o motorista era saudável, estava descansado para a viagem e tinha experiência em viagens turísticas. “Mas esse caminho, que é novo, poucos motoristas conhecem”, explica Adriana sobre a pouca experiência do condutor no trecho.
A pouco mais de uma hora do destino, a equipe do Brasil de Pelotas que voltava de um amistoso em que venceu o Santa Cruz, na cidade de Vale do Sol, no centro do Estado, sofreu um acidente que tirou a vida de três integrantes e feriu praticamente todos os aproximadamente 30 ocupantes do ônibus. O caminho tomado era novo e há pouco tempo liberado para o tráfego de ônibus.
Conforme dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Civil, há 40 quilômetros de Canguçu o condutor Wendel Vergara, 29 anos, perdeu o controle no início da curva da alça de acesso da RS-471 à BR-392 e o ônibus da empresa Bosembecker tombou ainda na pista, na parte superior de uma espécie de viaduto com aproximadamente 35 metros de altura – o equivalente a um prédio de 12 andares. Em seguida, o veículo caiu no barranco e capotou mais três vezes. Alguns dos passageiros, entre jogadores e comissão técnica, foram arremessados para fora do coletivo.
A investigação das causas, a cargo da Polícia Civil de Canguçu, parte de hipóteses comuns a outros acidentes: imperícia do motorista, defeito mecânico ou condições desfavoráveis na pista. A confirmação ou não dessas teorias deve ser divulgada apenas com o laudo pericial, a ser remetido à Justiça em até 30 dias. Enquanto isso, especulações giram em torno das circunstâncias encontradas pelo resgate.
Apesar de a PRF o considerar em bom estado de conservação e bem sinalizado, o trecho é tido como perigoso mesmo por quem costuma transitar entre a RS-471 e a BR-392, como o delegado responsável pela investigação, Félix Rafain. “Para quem não conhece, o trajeto pode ser bem difícil.” Segundo relato do próprio motorista à polícia, o veículo chegou à curva além do limite de 40 km/h para o trecho, depois de ter reduzido de 80 a 50 km/h. Sem conseguir vencer a curva acentuada, o ônibus capotou. A proprietária da empresa, Adriana Bosembecker, após conversar com o condutor, afirmou que a sinalização indicando a redução necessária seria precária. Mais: uma leve cerração poderia ter atrapalhado.
A velocidade exata em que viajavam será determinada pela perícia, apesar do sumiço do tacógrafo - aprelho que registra todos os dados do deslocamento do veículo, inclusive as velocidades alcançadas - que não foi encontrado junto ao acidente. Para a Polícia Rodoviária Federal, o aparelho não teria sido arrancado com a batida, portanto, teria de ser retirado por alguém com conhecimentos técnicos. Além da polícia, a empresa responsável pelo ônibus afirma querer que o aparelho e o disco de papel que grava os dados sejam encontrados.
Sem cinto
Para o chefe da 7ª delegacia da polícia rodoviária federal, inspetor Zanini, o uso de cinto não seria determinante para minimizar os danos do acidente. Ele explica que em uma colisão fontral o cinto faria diferença, mas no caso de capotagens ele não é o principal fator. “Se estivessem de cinto, as lesões poderiam ser na cabeça”, analisa.
Carro especial para o time
O ônibus em que a delegação viajava era especialmente pintado na cor vermelha do Brasil – o time do Pelotas costuma viajar em um azul – e era conduzido por Vergara a pelo menos um ano. Segundo a Bosembecker, o veículo de 2007 havia passado por revisão há duas semanas, e o motorista era saudável, estava descansado para a viagem e tinha experiência em viagens turísticas. “Mas esse caminho, que é novo, poucos motoristas conhecem”, explica Adriana sobre a pouca experiência do condutor no trecho.
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