Publicação: segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009 - jornal Diário Popular
Falta de sincronia dos semáforos localizados na via símbolo de Pelotas provoca o arranca-anda-para de veículos que irrita quem precisa vencer os 13 cruzamentos entre as ruas Almirante Barroso e Marcílio Dias
Atravessar a avenida Bento Gonçalves de ponta a ponta pode ser um desafio à paciência de qualquer motorista, não importa o dia da semana. Dos 13 cruzamentos entre as ruas Almirante Barroso e Marcílio Dias, dez têm semáforos e a maior parte deles o condutor vê fechado ao chegar no fim da quadra.
Em um meio-dia calmo, durante as férias de verão e sem o movimento de saída das escolas, atravessar a Bento no sentido Barroso-Marcílio Dias leva ao menos sete minutos. No sentido contrário, o mesmo trecho pode ser feito em cinco minutos. O arranca-anda-para em cada quadra não permite que o motorista passe da terceira marcha, e dificilmente é possível alcançar mais que os 35 ou 40 quilômetros por hora (km/h) circulando pela direita, em uma via na qual o limite é 60 km/h.
No ponto de táxi da esquina das ruas General Netto e Osório, a preocupação dos taxistas Antônio Celso Nunes e José Francisco Borges é com o horário dos passageiros, especialmente os que vão para a rodoviária. Clientes com pressa veem nos sinais vermelhos uma possibilidade de perder a viagem marcada. "A ida é um horror, os sinais são desencontrados. Na volta, se pega vários sinais verdes e em ruas como a Deodoro se anda bem", comenta Nunes.
A dificuldade de locomoção na Bento Gonçalves é atribuída pela Secretaria de Segurança, Transporte e Trânsito (SSTT) à característica da via, pouco espaçosa para o volume de veículos que recebe e com muitos cruzamentos, além de ser amplamente utilizada como espaço de lazer - o que gera a característica lentidão da faixa da esquerda. Para o secretário Jacques Reydams, a melhor alternativa é evitar a avenida sempre que possível.
Entretanto, os problemas com os repetidos sinais vermelhos são reconhecidos. "Talvez seja o caso de repensar a programação dos semáforos", comenta Reydams. Para isso, será necessário atualizar os dados de fluxos de veículos para melhorar a sincronia. A dificuldade em manter os dados da via atualizados está na falta de pessoal para realizar a contagem dos carros, que analisa o tréfego em todo o período diurno e gera as estatísticas que baseiam as programações.
Sinal queimado
À falta de sincronia, somam-se lâmpadas quebradas em sinaleiras a todo lado. Resultado de um lote defeituoso fornecido à prefeitura e da vedação precária das sinaleiras, pouco protegidas de chuva e vento. Sem contar as quedas de luz, que colocam os sinais em amarelo piscante, medida de segurança automática para que não queimem.
Exemplo de fluidez
Se na avenida Bento Gonçalves o vermelho é a cor predominante, uma onda de sinais verdes permitem agilidade no trânsito da Marechal Deodoro. No trecho entre Bento Gonçalves e Tiradentes, dos 11 cruzamentos, cinco têm sinaleiras. Depois de um sinal fechado na esquina com a Voluntários da Pátria, a reportagem do Diário Popular seguiu por uma sequência de passagens livres nas sinaleiras da General Neto, Marechal Floriano, Lobo da Costa e Tiradentes. Foram apenas dois minutos para andar 11 quadras, cinco a menos do que se leva para percorrer a mesma distância pela avenida.
A Marechal Floriano, em pleno centro da cidade, é outro exemplo de que o trânsito pode fluir. Entre as praças Coronel Pedro Osório e Vinte de Setembro são oito sinaleiras distribuindo o trânsito de dez cruzamentos. O trecho pôde ser percorrido em três minutos, com apenas três paradas obrigatórias: nas ruas Félix da Cunha, General Osório e Marcílio Dias. Entre elas, sequências de sinais verdes desafogam os arredores do Calçadão e facilitam o acesso ao bairro Fragata e à saída para Rio Grande.
Nessas vias, os semáforos trabalham de forma coordenada. A programação é pré-estabelecida, mas um semáforo mestre controla três sinaleiras, permitindo o dinamismo do tráfego, conforme explica o responsável pelos semáforos na SSTT, Francisco Cruz. Essa sincronização de sinais é conhecida como Onda Verde. A sequência de passagens livres favorecem o fluxo em uma via ao permitir que os veículos mantenham uma velocidade constante, sem necessidade de parar. Além de tempo, a onda economiza dinheiro, já que sem precisar arrancar repedidamente o consumo de combustível é reduzido. Medida também favorável ao meio ambiente.
Em diversas capitais, como Porto Alegre, a onda verde é controlada por sensores na pista que identificam o fluxo em tempo real e atualização a programação dos sinais verdes. Em Pelotas, essa tecnologia ainda é realidade distante. Por enquanto, a onda verde em alguns locais é programada a partir da contagem de fluxo e as estimativas para cada horário.
Falta de sincronia dos semáforos localizados na via símbolo de Pelotas provoca o arranca-anda-para de veículos que irrita quem precisa vencer os 13 cruzamentos entre as ruas Almirante Barroso e Marcílio Dias
Atravessar a avenida Bento Gonçalves de ponta a ponta pode ser um desafio à paciência de qualquer motorista, não importa o dia da semana. Dos 13 cruzamentos entre as ruas Almirante Barroso e Marcílio Dias, dez têm semáforos e a maior parte deles o condutor vê fechado ao chegar no fim da quadra.
Em um meio-dia calmo, durante as férias de verão e sem o movimento de saída das escolas, atravessar a Bento no sentido Barroso-Marcílio Dias leva ao menos sete minutos. No sentido contrário, o mesmo trecho pode ser feito em cinco minutos. O arranca-anda-para em cada quadra não permite que o motorista passe da terceira marcha, e dificilmente é possível alcançar mais que os 35 ou 40 quilômetros por hora (km/h) circulando pela direita, em uma via na qual o limite é 60 km/h.
No ponto de táxi da esquina das ruas General Netto e Osório, a preocupação dos taxistas Antônio Celso Nunes e José Francisco Borges é com o horário dos passageiros, especialmente os que vão para a rodoviária. Clientes com pressa veem nos sinais vermelhos uma possibilidade de perder a viagem marcada. "A ida é um horror, os sinais são desencontrados. Na volta, se pega vários sinais verdes e em ruas como a Deodoro se anda bem", comenta Nunes.
A dificuldade de locomoção na Bento Gonçalves é atribuída pela Secretaria de Segurança, Transporte e Trânsito (SSTT) à característica da via, pouco espaçosa para o volume de veículos que recebe e com muitos cruzamentos, além de ser amplamente utilizada como espaço de lazer - o que gera a característica lentidão da faixa da esquerda. Para o secretário Jacques Reydams, a melhor alternativa é evitar a avenida sempre que possível.
Entretanto, os problemas com os repetidos sinais vermelhos são reconhecidos. "Talvez seja o caso de repensar a programação dos semáforos", comenta Reydams. Para isso, será necessário atualizar os dados de fluxos de veículos para melhorar a sincronia. A dificuldade em manter os dados da via atualizados está na falta de pessoal para realizar a contagem dos carros, que analisa o tréfego em todo o período diurno e gera as estatísticas que baseiam as programações.
Sinal queimado
À falta de sincronia, somam-se lâmpadas quebradas em sinaleiras a todo lado. Resultado de um lote defeituoso fornecido à prefeitura e da vedação precária das sinaleiras, pouco protegidas de chuva e vento. Sem contar as quedas de luz, que colocam os sinais em amarelo piscante, medida de segurança automática para que não queimem.
Exemplo de fluidez
Se na avenida Bento Gonçalves o vermelho é a cor predominante, uma onda de sinais verdes permitem agilidade no trânsito da Marechal Deodoro. No trecho entre Bento Gonçalves e Tiradentes, dos 11 cruzamentos, cinco têm sinaleiras. Depois de um sinal fechado na esquina com a Voluntários da Pátria, a reportagem do Diário Popular seguiu por uma sequência de passagens livres nas sinaleiras da General Neto, Marechal Floriano, Lobo da Costa e Tiradentes. Foram apenas dois minutos para andar 11 quadras, cinco a menos do que se leva para percorrer a mesma distância pela avenida.
A Marechal Floriano, em pleno centro da cidade, é outro exemplo de que o trânsito pode fluir. Entre as praças Coronel Pedro Osório e Vinte de Setembro são oito sinaleiras distribuindo o trânsito de dez cruzamentos. O trecho pôde ser percorrido em três minutos, com apenas três paradas obrigatórias: nas ruas Félix da Cunha, General Osório e Marcílio Dias. Entre elas, sequências de sinais verdes desafogam os arredores do Calçadão e facilitam o acesso ao bairro Fragata e à saída para Rio Grande.
Nessas vias, os semáforos trabalham de forma coordenada. A programação é pré-estabelecida, mas um semáforo mestre controla três sinaleiras, permitindo o dinamismo do tráfego, conforme explica o responsável pelos semáforos na SSTT, Francisco Cruz. Essa sincronização de sinais é conhecida como Onda Verde. A sequência de passagens livres favorecem o fluxo em uma via ao permitir que os veículos mantenham uma velocidade constante, sem necessidade de parar. Além de tempo, a onda economiza dinheiro, já que sem precisar arrancar repedidamente o consumo de combustível é reduzido. Medida também favorável ao meio ambiente.
Em diversas capitais, como Porto Alegre, a onda verde é controlada por sensores na pista que identificam o fluxo em tempo real e atualização a programação dos sinais verdes. Em Pelotas, essa tecnologia ainda é realidade distante. Por enquanto, a onda verde em alguns locais é programada a partir da contagem de fluxo e as estimativas para cada horário.
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