No caminho da extinção

Publicação: sexta-feira, 20 de março de 2009 – jornal Diário Popular

Substituída pela moeda, nota de R$1,00 transforma-se em peça de colecionador

Ver uma cédula de R$ 1,00 é cena cada vez mais rara desde que o Banco Central determinou, no iníco de 2006, o fim da fabricação dessas notas e a susbtituição gradual por moedas. O motivo é o custo e a praticidade, já que a vida útil de uma nota de alta circulação é bem menor que a de uma moeda. Por enquanto, a maior dificuldade provocada pela escassez do "beija-flor" tem sido no momento de efetuar depósitos bancários nos caixas eletrônicos. Os equipamentos não aceitam níqueis, o que atrasa aqueles que não querem perder tempo em bancos.

Na lotérica Agência Esporte, na rua Sete de Setembro, pela proximidade com a rede bancária é comum o pedido de troca de uma moeda por uma nota, mas atender o favor é difícil. “Se chegam a nós cinco notas de R$ 1,00 por dia é muito”, comenta Glaucia Barbosa, ao mostrar o caixa sem qualquer das verdinhas. As poucas estão em péssimo estado e são encaminhadas para o recolhimento.

Apesar de deteriorada pelo uso, a cédula mais baixa do real ainda é válida e deve ser aceita normalmente, já que a substituição foi programada para que o recolhimento ocorresse de forma natural, no ritmo em que a vida útil das notas chegasse ao fim. Conforme as notas rabiscadas, rasgadas ou coladas se inviabilizam para a circulação, são substituídas pelo Banco Central por moedas.

O Banco do Brasil, responsável pela distribuição do dinheiro no País, afirma por meio de sua assessoria que a única solução para os depósitos que precisam de R$ 1,00 para alcançar o valor exato é serem feitos diretamente no caixa. Está nos planos da rede bancária, em um futuro ainda distante, caixas eletrônicos que aceitem moedas e, quem sabe, até forneçam troco em depósitos. Enquanto isso, entrar na fila é a única solução.

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